O número de recém-nascidos no Japão caiu ao seu ritmo mais rápido,
para uma queda recorde de 1.029.800 em 2013, mostraram dados do governo
nesta quarta-feira (4), estimando taxas ainda mais pessimistas para o
futuro.
De acordo com um relatório de pesquisa populacional, compilado pelo
Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o número de óbitos foi menor
do que o de nascimentos, chegando a uma estimativa aproximada de 238.632
no ano passado.
Enquanto isso, o total da taxa de fecundidade (número médio de filhos
que uma mulher teria dentro do seu período fértil ao longo da vida),
foi de 1,43, levemente acima que no ano anterior.
Entretanto, o ministério acredita que o aumento global na taxa de
fertilidade esteja por traz do pequeno avanço do Japão na taxa de
natalidade entre as mulheres na faixa etária dos 30 anos.
O ministério estima que o número de crianças no país reduza cada vez
mais, uma vez o número de mulheres jovens, as consideradas em idades
férteis e adequadas para gerar um filho, tem registrado declínio
acelerado a cada ano.
apão é o país mais seguro do mundo para os recém-nascidos, com a
menor taxa de mortalidade neonatal, revela um estudo da revista
britânica The Lancet em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) .
Numa série especial sobre a mortalidade infantil, que reúne a
contribuição de 54 especialistas de 28 instituições em 17 países, a
revista científica afirma que o estudo apresenta o quadro mais claro de
sempre sobre as hipóteses de sobrevivência de um recém-nascido e as
medidas que devem ser tomadas para reduzir o índice de mortalidade
infantil.
O estudo, que pesquisou 162 países, revela que o Japão é o país com a
menor taxa de morte entre os recém-nascidos, com 1,1 a cada mil
nascimentos. Em segundo lugar vem Singapura, seguida por Chipre,
Estónia, Finlândia, Coreia do Sul, Suécia, Noruega, Portugal e
Eslovénia.
No extremo oposto da lista surge Serra Leoa, com uma taxa de mortalidade neonatal de 49,5 em cada mil nascimentos.
O estudo denuncia que Suíça, Canadá e EUA são os países desenvolvidos
que menos progressos têm feito para reduzir a mortalidade neonatal. Na
Suíça, por exemplo, a redução da taxa de mortalidade foi de apenas 16%
entre 1990 e 2012, ano em que ainda morriam 3,2 recém-nascidos por mil
nascimentos. Isto, apesar de a redução da taxa de mortalidade nas
crianças com um mês a cinco anos ser de 76%.
“Quase três milhões de crianças que morrem antes de completar um mês
poderiam ser salvas em um ano se recebessem um atendimento de qualidade
no momento do nascimento”, destaca o Unicef.
Estes recém-nascidos falecidos, que tendem a morrer nos locais mais
pobres e desfavorecidos, representam 44% da mortalidade infantil de
menores de cinco anos em 2012, o que representa uma proporção de mortes
maior que a registrada em 1990, de 36%.
Se as pessoas mais pobres dos 51 países com maior carga de
mortalidade de recém-nascidos recebessem os mesmos cuidados que as
pessoas mais ricas se poderia chegar a salvar 600 mil vidas, o que
representaria uma redução da mortalidade de 20% em nível mundial.
“Houve um grande progresso na redução de mortes de menores de cinco
anos, mas o número dos recém-nascidos, os mais vulneráveis, continua
sendo um problema”, destacou o chefe de Saúde do Unicef, Mickey Chopra.
O Unicef alertou que 2,9 milhões de crianças morrem a cada ano
durante seus primeiros 28 dias de vida e outros 2,6 milhões nascem já
mortos (dos quais 1,2 milhões morrem durante o parto).
As primeiras 24 horas após o nascimento são as mais perigosas para o
bebê e a mãe, já que quase a metade das mortes de recém-nascidos e mães
ocorrem nesse período, acrescentou o organismo.
Os países que mais progrediram na redução de mortes fomentaram
medidas efetivas como a lactação materna, a reanimação de
recém-nascidos, o prolongamento do contato do recém-nascidos com a pele
da mãe para bebês prematuros e o tratamento e prevenção de infecções,
segundo o Unicef.
Ruanda foi o único país da África Subsaariana que reduziu à metade o
número de mortos recém-nascidos desde o ano 2000 enquanto outros países
de baixa renda formaram parteiras e enfermeiras para que as famílias
mais pobres também possam ser atendidas.
As zonas que contam com um maior índice de mortalidade infantil se
encontram na região da Ásia meridional e África Subsaariana e os países
mais castigados são Índia (779 mil mortes), Nigéria (267 mil) e
Paquistão (202.400).
Segundo destacou o Unicef, nos países com maiores taxas de
mortalidade infantil cada dólar investido na saúde do bebê ou na mãe
representa um benefício social e econômico nove vezes maior que o
investimento inicial.
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