Yuri Ikeda é foliã e frequentadora da casa de samba da Vila Madalena.
Ela concorre ao título de Musa dos Blocos de SP, promovido pelo G1.
A consultora de moda Yuri Ikeda, de 28 anos, garante que a mistura de Argentina e Japão tem malemolência e muito samba no pé. A mestiça paulistana é devota do ritmo e costuma gastar as sandálias no Ó do Borogodó, na Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo. A jovem é também foliã do tradicional bloco de carnaval da casa de samba, que desfila pelas ruas do bairro no próximo domingo (8), às 11h.
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“Me sinto bem demais no Ó. Teve uma época que era quase religioso encerrar o final de semana lá. Eu ia cumprimentando o cara da porta, o garçom, o barman”, explica.
A roda de samba dominical rendeu mais do que diversão. Foi lá, no final de dezembro de 2013, que Yuri conheceu o atual namorado. “Além de aprender várias músicas, me divertir com meus amigos e dançar, ainda tive a sorte de conhecer o Henrique”, declara.
Yuri Ikeda é a terceira de seis candidatas que serão apresentadas ao longo dos próximos dias e que concorrem ao título de Musa dos Blocos de São Paulo, em eleição promovida pelo G1 a partir da próxima segunda (9). Todas as candidatas — escolhidas pelo site — têm relação com algum bloco de carnaval de rua paulistano e são foliãs apaixonadas.
“Acho que mereço ganhar porque meu maiô é maravilhoso”, defende a japonesa, que deu sua versão carnavalesca à heroína grega dos quadrinhos ao posar para as fotos. A Mulher Maravilha, no figurino de Yuri, ganhou shorts jeans, botinha cowboy e batom vermelho.
O estilo diferenciado a faz ser frequentemente acionada pelas amigas, menos ousadas na hora de se produzir. O que começou com pedidos de socorro virtual – mensagem de texto, WhatsApp – agora é também uma de suas profissões. A jovem divide a consultoria de moda com o trabalho em uma assessoria de imprensa.
A irreverência não é marca registrada apenas por saber combinar xadrez com poá. Ela leva na brincadeira até as confusões geradas com seu nome. Em Japonês, origem de sua família materna, Yuri significa “Flor de Lírio”. Yuri também revela que há razões menos poéticas para tal escolha:
“Embora japoneses, minha mãe e meus tios todos têm nomes americanos (Helen, Rose, Mary...). Por isso, minha mãe quis me dar um nome bem japonês pra compensar”, justifica.
A jovem garante que segue sofrendo bullying por conta de seu nome, mas aprendeu a dar de ombros às piadas e ri das variantes criadas. “Já ouvi de tudo, mas IWRY ainda é o imbatível”, diverte-se.
Os sonhos mais recentes da consultora também são cheios de graça. Às vésperas do carnaval, ela afirma que concentra todos seus desejos na folia e delira ao pensar no dia em que voltará a se banhar tranquilamente.
“Não sei o que é mais difícil hoje: acertarem a grafia e pronúncia do meu nome ou o paulistano ter água em casa. Ultimamente eu só tenho sonhado com três coisas: para o carnaval chegar logo, para tomar cerveja no copo de vidro atrás do bloco e com um banho de meia hora sem peso na consciência”, brinca.
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