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terça-feira, 6 de maio de 2014

Venda de animais exóticos cresce no país, e em BH negócios aumentam 200% ao ano

Criadas em terrários, as cobras custam entre R$ 1,3 mil e R$ 3 mil e não chegam na proporção esperada pelo mercado
Ricardo Bruce tem três jiboias de estimação, que custaram de R$ 1,7 mil a R$ 2 mil: do susto à empolgação  (Edésio Ferreira/EM/D.A Press)Ricardo Bruce tem três jiboias de estimação, que custaram de R$ 1,7 mil a R$ 2 mil: do susto à empolgação
Assim como boa parte dos brasileiros, o comerciante Ricardo Bruce de Vasconcelos Vilela, de 36 anos, também tem um animal de estimação. Um não, três. O curioso é que ele não tem um cachorro ou um gato, como a maioria. Ricardo convive diariamente com três jiboias, que custaram de R$ 1,7 mil a R$ 2 mil cada. O gosto excêntrico, segundo ele, assusta no primeiro momento. “Perguntam se sou doido”, brinca. “Mas depois vêm as outras perguntas: onde comprei? Por quê? O que elas comem? E as reações seguintes são de empolgação e êxtase, principalmente entre os homens”, garante.


A opção por serpentes veio pelos baixos custos de manejo, além da docilidade do animal e do fato de não soltar pêlos nem fazer barulhos. “É fácil cuidar e se precisar ficar fora uns dias o bicho fica bem sozinho”, argumenta Ricardo Bruce. Os gastos mensais com as serpentes são praticamente zero, garante. “Crio camundongos para alimentação em casa e os únicos custos são com a ração própria para roedores, em média R$ 15 por mês, e a serragem para forrar os biotérios, mais R$ 12 mensais”, diz. Já quem opta por adquirir alimentos para as cobras na época da alimentação, ou congelados, pode ter leve aumento de custos.

A rotina com o animal, que tem terrário próprio (uma espécie de aquário feito em madeira para cobras), é outra diferença. “Não dá para levar comigo onde vou porque assusta um pouco, mas em casa ela toma sol, participa dos bate-papos e quando chegam amigos que já a conhecem pedem para vê-la. Mas outros ainda assustam”, lembra. Os benefícios da convivência, para Ricardo, são maiores. “Como é um animal de movimentos leves, me acalma em dias de estresse. Como todo hobby, é uma distração, ajuda a descarregar”, lembra.

No criatório Vale Verde, em Betim, na Grande BH, 400 pessoas de todos os estados do Sudeste, aguardam em uma longa fila de espera pelo seu animal de estimação: uma jiboia que vão buscar no aeroporto assim que receberem o aviso do criador. A espécie reproduzida em cativeiro – que pode vir da mata atlântica, do cerrado, da caatinga ou da Amazônia – ganha fãs pelo Brasil. A produção do criatório, que é o maior do país na venda do réptil, não consegue atender à demanda de seus clientes. A produção do bichinho de estimação, que ainda provoca temor e arrepios em muitos, cresceu 200% no último ano embalada pela procura que avança ligeira e silenciosa, como um bote certeiro.

Criadas em terrários, as cobras custam entre R$ 1,3 mil e R$ 3 mil e não chegam na proporção esperada pelo mercado. “Nosso criatório de jiboias é recente. A Vale Verde o comprou em 2012”, explica Tiago Lima, coordenador do zoológico e criatório da Vale Verde. A produção começou no ano passado e lá já nasceram 250 filhotes, sendo que todos os répteis já têm dono. “São despachados para o país, via aérea.” Segundo ele, a manutenção do animal, que pode viver até 40 anos, é de R$ 30 ao mês com alimentação, basicamente feita a partir de roedores. Os camundongos são vendidos congelados, já para o propósito de servir de presa.

E quem são os consumidores dos adoráveis bichinhos de estimação? “Nosso público é variado, temos de adolescentes a pessoas acima de 60 anos.” O mercado brasileiro legalizado de animais de estimação movimenta mundo afora perto de
R$ 10 bilhões anuais. No país, só a venda dentro do território nacional fatura perto de R$ 600 milhões ao ano, mas a cadeia que abrange segmentos como pet shops, equipamentos e rações faz circular R$ 3,3 bilhões no mesmo período. “A demanda brasileira cresce perto de 30% ao ano, mas é contida pela limitação do Ibama, que restringe a criação de espécies”, diz Luiz Paulo do Amaral, presidente da Associação Brasileira de Criadores e Comerciantes de Animais Silvestres e Exóticos (Abrase).

Tiago Lima conta que há uma extensa fila de espera para a compra dos répteis (Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Tiago Lima conta que há uma extensa fila de espera para a compra dos répteis


Ilegais predominam
Tiago Lima defende que no país a regulamentação para animais seja revista e cita como exemplo o caso da jiboia. “Hoje, 99% do comércio de répteis em território nacional é ilegal. Os anúncios podem ser flagrados até pela internet, redes sociais”, aponta. O Vale Verde comercializa mais de 100 espécies silvestres e exóticas, como o papagaio-verdadeiro, conhecido por ser falador e vendido por R$ 2,3 mil, líder na preferência nacional. Espécies como a arara-canindé, de cor azul e peito amarelo (R$ 2,7 mil), também são ícones do mercado e agora ganham, quem diria, as jiboias como parceiras do reinado. E a jiboia pica? Tiago Lima explica que essas cobras são solitárias e devem ser mantidas em cativeiro para que não se escondam ou fujam, mas não são agressivas.

Procurado pelo Estado de Minas, o Ibama se restringiu a informar em nota que “a partir de 2011, conforme estabelecido pela Lei Complementar 140, a competência para autorização de criadouros de animais silvestres é do governo estadual”. Além disso, informou que em 2013 eram 497 criadouros autorizados pelo Ibama e que uma lista oficial com os animais que podem ser criados como estimação está em processo de elaboração. Mas, para o presidente da Abrase, o posicionamento significa dizer que “o segmento está à deriva”, já que o ambiente atual é de ausência de um código de fauna e pautado por normas administrativas defasadas que causam uma insegurança jurídica grande para o setor. “Se o país não teve capacidade de se organizar em tantos anos, imagina os estados. Vai levar anos para que isso se organize e o segmento possa crescer conforme o seu potencial ”, adianta.

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