Cada vez mais comuns nas casas dos brasileiros, peixes
como bandeira, acará-disco e betta, tricogáster e o goldfish, também
precisam de cuidados especiais
Texto:Jéssie Panegassi / Foto: Divulgação / Adaptação: Ana Paula Ferreira
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Aquários pequenos não precisam de filtro, mas a água deve ser trocada por completo pelo
menos uma vez por semana. Foto: Divulgação
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Os
peixes são bonitos, coloridos, quietos, comem pouco e a sujeira que fazem fica contida em um único local. Esse parece o
bicho de estimação ideal para muitos brasileiros, que os utilizam também de
forma decorativa.
Mas, se não tratados da forma correta, a sua vida pode ser encurtada
drasticamente. A boa notícia é que os cuidados de espécie para espécie
são basicamente os mesmos. “
O que muda, principalmente, é a parte nutricional. Afinal, alguns se alimentam na superfície, outros no meio e no fundo do aquário”, afirma Danyelli Ornelas, bióloga e gerente de produção da Megazoo. Logo, no caso de
aquários comunitários, a ração deve ter flutuabilidade em níveis diferentes.
Alimentação dos peixes
Os peixes podem ter hábitos alimentares mais carnívoros ou herbívoros, no quesito de proteínas. Mas “
nenhum animal é completamente herbívoro ou carnívoro, e um pouco de ambas as proteínas é importante para a sua nutrição”,
explica a bióloga. Ainda, é importante atentar para as gorduras (ter
entre 5% e 6% de extrato etéreo) e para o excesso de vitamina A, que
também é tóxico para o peixe. Além disso,
“eles enxergam muito bem
as cores, mas não é bom que ingiram uma ração com corantes artificiais,
pois mancham muito a água e podem gerar alergias”, completa
Danyelli. Também nunca deve sobrar ração no aquário. Quando isso
acontece, é sinal de que o dono está oferecendo comida em excesso para o
animal.
O aquário deve ser montado de acordo com hábitos e tamanho dos peixes
que viverão ali. No caso dos bettas, não há necessidade de um filtro,
mas a água deve ser trocada por completo pelo menos uma vez por semana. “
Se ela for trocada pela metade, uma hora ele vai acabar se intoxicando na amônia”,
informa a bióloga Danyelli. É importante também lavar todo o aquário,
tratar a água com condicionador específico ou anticloro, e aguardar por
aproximadamente uma hora antes de movê-lo de volta — para que ela fique
em temperatura ambiente. Já nos grandes aquários, é indispensável o uso
de filtros, aquecedores, e até mesmo luz artificial de acordo com as
espécies e tamanho do recipiente. Nesses casos, não se deve retirar a
água por completo. Se for trocá-la toda a semana, deve se remover 1/4 do
total e repor com a água tratada. Se preferir fazer esse processo a
cada 15 dias, metade do líquido deve ser trocado.
Reprodução dos peixes
Falando em reprodução dos peixes, os bettas dão um show no quesito
cuidado com os filhotes. O macho prepara várias bolhas, que sobem à
superfície. Depois, ele abraça a fêmea, que libera os ovos. O macho os
fecunda, e ela tem uma espécie de desmaio rápido. Nesse momento, ele,
imediatamente, posiciona os ovos dentro das bolhas. Quando a futura
mamãe “acorda”, tenta comer os ovos de que o macho está cuidando, e ele
pode atacá-la. “
Quando isso acontecer, é bom retirar a fêmea do aquário”, recomenda a bióloga Danyelli. E o “papai” vai acabar de cuidar dos filhotes.
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