Filhotes estavam 'abandonados' em estrada na zona rural do município.
Após cuidar e salvar vida dos bichos, tatus são criados como família.
Um casal de Juruaia (MG) resolveu cuidar de dois animais de estimação um pouco diferentes do tradicional: tatus. Os animais estavam abandonados em uma estrada e o casal resolveu adotar os bichinhos. Chiquinho e Chicão vivem no sítio dos donos há três meses e recebem todo o carinho e mordomia de qualquer bicho escolhido para estimação.
A propriedade fica há 12 quilômetros do Centro de Juruaia. Tânia Mara Resende mostra um vídeo gravado quando os tatus ainda estavam bem pequenos, revelando a mordomia que a dupla passou a ter. Até leite na mamadeira os bichos receberam, e esse é só um dos mimos para os dois filhotes encontrados sem a mãe perto do sítio. “Eu vi eles na beira da via, os dois filhotes, e percebi que eles tinham perdido a mãe, que ela não se encontrava no local. E vi que eles estavam muito fraquinhos, aí fiquei com dó e trouxe eles pra casa”, lembra Flávio Aparecido de Castro.
Como manda o "protocolo", ao serem escolhidos para viverem com o casal como bicho de estimação, os dois foram batizados: o menor se chama Chiquinho e o maior Chicão. “Começou a cuidar na mamadeira, depois a gente foi dando 'arrozinho', macarrão, tudo numa latinha separada. Aí eles aprenderam a comer sozinhos, nasceu dentinho”, conta Tânia.
O carinho foi retribuído com todo o apego. A dupla não sai do colo da Tânia. “Eu sinto muito amor, é como se fossem da família ‘né’, porque nós ‘demos a vida’ pra eles ‘né’”, declara a dona.
Quando não estão no colo dos donos, os tatus ficam soltos pelo quintal, onde comem principalmente arroz e mostram habilidade e rapidez para escavar buracos. O espaço é dividido com as galinhas, que receberam os dois numa boa, apesar da diferença entre as espécies.
Quem visita a propriedade, não consegue deixar de ficar impressionado com a presença da dupla. “Eu, nessa idade que eu estou, nunca vi um tatu manso desse jeito 'uai'. Já corri atrás de tatu e não consegue pegar de jeito nenhum, é muito difícil pegar tatu. Aí eu cheguei aqui e fiquei encantado”, conta admirado o tio de Tânia, Nivan Nicolau da Silva.
A relação de carinho e companheirismo dos bichos com os donos impressiona a todos, relação que Tânia e Flávio temem que um dia possa acabar. “A gente pensa: se um dia eles forem embora, a gente vai ‘achar falta’, porque é nosso filhinho que a gente não teve”, diz Tânia. Flávio também não esconde o carinho. “O lugar mesmo deles é na mata 'né'. Se eles forem embora... [vai ficar triste]. Acostumou 'né' [com os bichos]. Mas se um dia eles forem, que eles sigam o caminho deles, porque o lugar deles é na natureza mesmo."
Criação de tatus
De acordo com a veterinária do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Danielle Andery, essa espécie de tatu é popularmente conhecida como tatupeba ou tatu-peludo e não é ameaçada de extinção. Esse tipo de tatu vive cerca de 10 a 15 anos e em geral não é um animal agressivo. Ainda segundo a veterinária, o tatupeba se adapta bem a diversos ambientes, e por isso, pode ser encontrado com mais facilidade que as outras espécies.
De acordo com a veterinária do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Danielle Andery, essa espécie de tatu é popularmente conhecida como tatupeba ou tatu-peludo e não é ameaçada de extinção. Esse tipo de tatu vive cerca de 10 a 15 anos e em geral não é um animal agressivo. Ainda segundo a veterinária, o tatupeba se adapta bem a diversos ambientes, e por isso, pode ser encontrado com mais facilidade que as outras espécies.
Nenhum comentário:
Postar um comentário