Pyongyang utilizava reator para enriquecer plutônio para seu programa nuclear militar
O Japão considerou uma “grave preocupação” para o país a intenção da Coreia do Norte de reabria a instalação atômica de Yongbyon, paralisada em 2007, após um acordo de desnuclearização em que Tóquio participou.
Segundo o ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, "se a Coreia do Norte reativar sua planta de Yongbyon estará violando as promessas feitas diante dos países vizinhos e das Nações Unidas”, informou em declarações divulgadas pela Kyodo.
O reator que a Coréia do Norte pretende reativar foi fechado como parte de um acordo alcançado em março durante as negociações de seis lados, diálogo paralisado desde 2008, destinado à desnuclearização do hermético regime de Kim Jong-un e que envolveu as duas Coreias, Estados Unidos, China, Japão e Rússia.
Além de representar uma séria preocupação para o arquipélago japonês, Suga confirmou que o Japão irá trabalhar em conjunto com outros países do grupo de negociações de seis lados para analisar a última ameaça realizada por Pyongyang.
O porta-voz ministro também pediu a Coreia do Norte para "manter sua promessa" e desistir de sua idéia de reativar instalações nucleares. O reator da usina, tem 5 megawatts de potência e está localizado a cerca de 90 quilômetros ao norte de Pyongyang. Era a única unidade que a Coreia do Norte utilizava para enriquecer plutônio para seu programa nuclear militar.
O regime anunciou sua intenção de reconstruir o reator, cujo objetivo será tanto produzir eletricidade como para fins militares, através de declarações do porta-voz da Direção-Geral da Agência Central de Energia Atômica para a agência KCNA.
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