São as piores inundações de que há memória nos Balcãs. As chuvas torrenciais que se abatem sobre aSérvia e a Bósnia levaram os dois países a declarar o estado de emergência.
O primeiro-ministro sérvio, Aleksander Vucic, afirma tratar-se da “pior catástrofe natural da História da Sérvia”. “Choveu mais num dia do que em quatro meses”, acrescentou.
Um balanço ainda provisório dá conta de cinco mortes na Sérvia onde 100 mil casas estão sem eletricidade e milhares de pessoas tiveram de abandonar os seus lares.
As equipas de socorro não têm mãos a medir para ajudar todos os necessitados.
Os que foram resgatados contam que perderam tudo, “está tudo inundado, destruído. Ficou tudo debaixo de água”.
“É uma catástrofe. Perdemos toda a mobília. Não temos onde dormir. Está tudo perdido”, afirma outra vítima das piores cheias de que há memória desde que começaram os registos meteorológicos há 120 anos.
A Sérvia pediu ajuda internacional e a Rússia respondeu com o envio de uma equipa com mais de 70 profissionais em operações de socorro e situações de emergência.
A chuva deve continuar esta sexta-feira, mas com menos intensidade do que nos dois dias anteriores.
Grande parte do leste da Europa está transformado num lago. Nalguns países já foi decretado o Estado de emergência.
Na Sérvia, há dois mortos e mais de 500 pessoas retiradas das suas casas.
As vítimas mortais residiam na localidade de Umcari, nos arredores de Belgrado.
Um dos mortos era bombeiro. Caíu ao Rio Jesenica, durante uma operação de resgate. Desapareceu, levado por uma corrente fortíssima.
Na Bósnia, têm caído os maiores volumes de chuva, dos ultimos 120 anos.
Os helicópteros militares têm colaborado na evacuação de centenas de pessoas que ficaram reféns das águas.
A situação mais dramática vive-se na cidade de Maglaj, a 100 quilómetros de Sarayevo.
As correntes são tão fortes que levam tudo à frente e arrancam árvores.
O presidente do munícipio diz que a água, nas ruas, tem um nível superior à altura dos automóveis.
O volume de chuva, nos últimos dias, foi de 150 litros por metro quadrado.
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