Manobra pode causar impacto negativo na China; países orientais disputam ilhas próximas afirmando ser território de seu governo
O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, usa um par de binóculos em campo militar em Funabashi, a leste de Tóquio, em 12 de janeiro
O Japão está enviando cem soldados e um radar a uma ilha tropical na costa de Taiwan, seu posto militar no extremo oeste.
Esta manobra pode irritar a China em um momento no qual
os laços das maiores economias da Ásia já estão prejudicados por uma
disputa por ilhas próximas que os dois países reclamam como suas.
O ministro japonês da Defesa, Itsunori Onodera, irá
inaugurar no sábado uma estação de observação militar em Yonaguni, lar
de 1.500 pessoas a 150 quilômetros das polêmicas ilhas.
A mini-militarização de Yonaguni - agora defendida por
dois policiais - é parte de um plano de longo prazo para aprimorar a
defesa e a vigilância da fronteira mais remota do Japão.
A construção da base na ilha, muito mais próxima da
China do que outras ilhas japonesas, pode ampliar o monitoramento do
Japão do território chinês e rastrear navios e aeronaves chineses
sobrevoando as ilhas em disputa, chamadas de Senkaku pelo Japão e Diaoyu
pela China.
"Decidimos mobiizar uma Força de Auto-defesa de Terra na
ilha Yonaguni como parte de nosso esforço para reforçar a vigilância
sobre a região sudoeste", disse Onodera esta semana. "Estamos firmemente
determinados a proteger a ilha Yonaguni, parte do precioso território
japonês".
A localidade de 30 quilômetros quadrados - conhecia por
seu forte licor de arroz, pelo gado, pela cana de açúcar e pelos locais
de mergulho - pode parecer um lugar improvável para o primeiro-ministro
Shinzo Abe mandar tropas.
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