Esses “bares” são conhecidos como host
Para atrair clientes, os garotos ficam nas ruas na tentativa de chamar a atenção das mulheres que passam. No Japão, existem dezenas de host clubs e um número ainda maior de hosts, que são os responsáveis por procurar garotas aparentemente abastadas e com potencial de se tornarem clientes fixas. Por isso, não são todos os clubes que aceitam estrangeiras e dificilmente homens podem entrar nesses lugares.
Conhecendo seu host
Todos os “encontros” com os anfitriões costumam ser pagos por hora e o consumo doA partir da segunda visita, a garota pode escolher um host a partir do catálogo da casa. Uma vez que ela escolheu sua companhia naquela noite, não se pode mais mudar. É então que a conversa começa a fluir (por isso é importante saber falar japonês) e os elogios surgem aqui e ali – sempre com naturalidade, já que os garotos são treinados para isso.
De onde vem o lucro
A taxa a ser paga por cada hora de serviço vai depender da popularidade do bar e da qualidade do host escolhido. As casas costumam fazer rankings mensais com os garotos e, logicamente, os mais concorridos são os mais caros. O site Tokiotours informa que, no ano passado, os preços variavam de 2 mil a 6 mil ienes (cerca de 40 a 130 reais na cotação de hoje) por um período de duas horas na primeira visita. Depois disso, o preço aumenta consideravelmente.
Fonte: Reprodução/Host Life
Além do valor pago pelo serviço do anfitrião, as meninas desembolsam
boas quantias com bebidas caras. Isso porque o que mais se consome nos
clubes é champagne – e estamos falando de champagne mesmo, esqueça os
frisantes e espumantes. Cada garrafa pode chegar a custar milhões de
ienes, ou seja, alguns milhares de reais.E para aumentar ainda mais a conta, acontece uma espécie de competição do champagne. Quando uma garrafa é estourada, os hosts da casa se reúnem para beber e comemorar com a menina que vai pagar pela bebida. Quem quiser ganhar a atenção dos garotos precisa pagar por um champagne ainda mais caro ou comprar várias garrafas durante a noite.
Para todos os gostos
Quem já esteve em um hostO envolvimento entre anfitriões e clientes não é obrigatório, pelo contrário, misturar trabalho com sentimentos pode até ser prejudicial para o profissional. No entanto, fica a critério do host até onde ele vai com cada cliente.
Fonte: Reprodução/CNN
Distração ou diversão?
Existem muitos comentários na internet sobre diferentes experiências que garotas tiveram em host clubs e eles costumam ser positivos. Porém, com o lançamento do documentário “The Great Happiness Space: Tale of an Osaka Love Thief” (O Grande Espaço da Felicidade: A História de um Ladrão de Amor em Osaka, com áudio em japonês e legendas em inglês) em 2006, surgiu uma polêmica sobre esse tipo de prática.O filme mostra os dois lados dos clubes de anfitriões – um espaço divertido para encontrar amigos e conhecer novas pessoas (que é ideal para aqueles que querem conhecer outras pessoas sem ter compromissos) e a dependência que algumas garotas desenvolvem com seus hosts(o que faz com que elas gastem quantias absurdas de dinheiro na tentativa de conquistar o garoto e, quem sabe, conseguir atrai-lo para um verdadeiro relacionamento).
Fonte: Reprodução/Host Life
O longa-metragem também deixa claro que a maior parte das garotas que frequenta os host clubs
são anfitriãs que prestam o mesmo serviço em clubes feitos para os
homens. Como elas ganham mais dinheiro do que outras mulheres e estão
acostumadas com a ideia de “comprar amor”, elas não veem problemas em
pagar caro para ter com quem conversar e receber as mesmas gentilezas
que fazem aos seus clientes.
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