Procurando Plantas Exóticas E Raras? Temos as Plantas que você procura aqui !!!!

 Olá Amigas (os),tudo bem? Visite nosso site e confira as plantas que temos.

Temos plantas raras e plantas para colecionadores.Temos plantas de todas as 

espécies como: suculentas,cactos,rosas,samambaias,begônias,avencas,antúrios,

enfim,temos uma infinidade de espécies de plantas em sementes e mudas.

Nosso contato Whatsapp: 47-99656 1856 (vivo).  Aguardamos a sua visita ou 

contato.Atenciosamente:Pedro Osera.


  Clique na Imagem !!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Japão: torcidas (muito) organizadas, mas nunca violentas

Ao contrário do que acontece na América do Sul e em algumas partes da Europa, os torcedores uniformizados japoneses quase nunca desrespeitam o adversário - chegam a vibrar com os lances do time rival, que é recebido com homenagens pela cidade onde acontece a partida. Na terra da civilidade e do respeito, futebol é apenas lazer. VEJA convidou um jornalista japonês a contar como funcionam as torcidas no país

 Torcedores no futebol japonêsTorcedores no futebol japonêsTorcedores no futebol japonêsTorcedores no futebol japonêsTorcedores no futebol japonêsTorcedores no futebol japonêsTorcedores no futebol japonês

Torcedores no futebol japonês - Keita Yasukawa
Depois do rebaixamento de uma equipe, o capitão pegou o microfone e pediu desculpas aos fãs pelo péssimo resultado, envergonhando-se pela campanha. Também prometeu voltar à divisão principal na próxima temporada. Os torcedores se acalmaram e saíram em paz
Não me lembro, nos últimos vinte anos, de qualquer confronto mais violento entre torcidas no Japão. Não há registro de morte numa situação dessas. As torcidas são muito organizadas mesmo: usam camisetas na mesma cor, levam pequenos instrumentos para fazer barulho, ensaiam palmas e alguns cantos para incentivar o time. Sem qualquer violência nem provocar a torcida adversária.

Nos estádios sempre há famílias inteiras. Vão os pais, mães, avós, netos, todos. E sempre muitas mulheres. Estádio no Japão jamais foi sinal de confusão ou local perigoso, é basicamente um lugar de lazer. Claro que para os padrões europeus ou sul-americanos pode parecer estranho, mas é comum, por exemplo, todos ficarem quietos durante um ataque e assim que a jogada for complementada, se foi bonita, não importa a torcida, todos batem palmas.
Leia também:
Palmeiras lança plano para que torcida não prejudique clubeTragédia em Oruro: só mudou quem sentiu a dor da morte
Como os torcedores vândalos ajudaram a afundar o Palmeiras


Claro que há pessoas estúpidas que eventualmente ofendem jogadores, levantam bandeiras ofensivas contra outros torcedores e isso pode até causar a perda de controle de alguém e ocorrer uma briga. São fatos muito raros e os clubes estão atentos e impedem que este tipo de torcedor vá ao estádio por um período, se for preciso recorrendo à polícia. Os clubes não participam da formação de qualquer tipo de torcida. O máximo que fazem são algumas promoções de marketing, sorteios de camisetas ou ingressos, e basta: não há mais nenhum envolvimento.

Os japoneses têm um jeito muito próprio de encarar o futebol. No fim da temporada de 2012, na última partida da temporada, o Vissel Kobe recebeu o Sanfrecce Hiroshima e perdeu por 1 a 0, resultado que o jogou à segunda divisão da J-League, o torneio nacional. Centenas de torcedores permaneceram horas no estádio, meio indignados com o resultado. Diante dessa reação, o presidente do clube e o capitão do time pegaram um microfone para agradecer a torcida pelo apoio durante a temporada e pedir desculpas pelo desempenho ruim. Mas ao dar a volta pelo campo despedindo-se, os jogadores pararam na frente de um grupo de torcedores mais exaltados. Novamente o capitão pegou o microfone e pediu desculpas pelo péssimo resultado, envergonhando-se pela campanha. Também prometeu voltar à divisão principal na próxima temporada. Os torcedores sentiram-se satisfeitos, se acalmaram e saíram em paz.
Acompanhe VEJA Esporte no FacebookSiga Veja Esporte no Twitter

Talvez copiado da solenidades das Olimpíadas, em vários jogos os clubes mandantes dos jogos convidam alguma autoridade - prefeito, por exemplo -, para dar as “boas-vindas” a todos os torcedores e, em especial, à torcida adversária. É o que chamamos de "espírito de welcome". Os clubes contratam DJs que anunciam as escalações, narram as principais jogadas e ainda animam as torcidas, num esquema parecido com o dos jogos de basquete da NBA. É uma forma também de inibir qualquer violência e invocar respeito aos adversários, ensinamento familiar aos japoneses.
Yoichiro Seki, de 45 anos, é japonês, trabalha para o diário Tokyo Chunichi Sports e já cobriu a Olimpíada de Atlanta, a Copa América de 1999, as Copas do Mundo da França e da Coreia do Sul e Japão e a J-League nas últimas duas décadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário