







O Japão lembra nesta segunda-feira, com memoriais e atos
oficiais, o segundo aniversário do terremoto de nove graus na escala
Richter e o devastador tsunami que arrasou o nordeste do país e deixou
mais 18.500 mortos e desaparecidos, além da crise nuclear em Fukushima.
No mesmo horário em que aconteceu o terremoto às 14h46
locais (2h46 horário de Brasília), milhões de japoneses fizeram um
minuto de silêncio para lembrar às vítimas da tragédia, a pior vivida
pelo arquipélago desde a Segunda Guerra Mundial.
Nas três províncias mais devastadas pelo tsunami,
Fukushima, Iwate e Miyagi, assim como em Tóquio e outras cidades do
país, serão organizados atos comemorativos.
Além disso, na capital, o imperador Akihito assistirá a
um memorial organizado pelo governo no Teatro Nacional ao lado do
primeiro-ministro Shinzo Abe, e de membros do Executivo, além de
familiares das vítimas.
Também serão convocadas manifestações antinucleares em
diversas partes do país para pedir o abandono completo da energia
nuclear no Japão, em um momento em que o novo governo voltou a cogitar a
possibilidade de investir neste tipo de energia.

O tsunami de 2011 destruiu cerca de 400 mil casas e
outros edifícios no litoral nordeste do país, onde cerca de 315 mil
pessoas permanecem em residências temporárias dois anos depois.
Em Fukushima, a crise nuclear - a pior desde Chernobyl
em 1986 - fez com que 57 mil tivessem que abandonar suas casas devido à
radiação da usina, que afetou gravemente a pecuária, a pesca e a
agricultura local.
O tsunami, além disso, gerou cerca de 27,6 milhões de
toneladas de escombros nas três províncias mais afetadas, restos de
casas, edifícios e automóveis, que o governo espera retirar
completamente até março do próximo ano.
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