Secretários de Educação participaram de encontro do Parfor na UFPA

Professores e secretários de Educação participaram nesta quinta, 21, e sexta-feira, 22, de um encontro na Universidade Federal do Pará (UFPA), para tratar de assuntos relacionados à administração do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor) nos municípios paraenses. O encontro faz parte das atividades do Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente, uma realização da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com as Instituições de Ensino Públicas (IPES).
Considerando que novos gestores municipais assumiram o cargo em janeiro, a coordenação estadual do Parfor apresentou um panorama destes quatro anos de Parfor no Estado e desenvolveu ações voltadas para o fortalecimento das parcerias com o poder municipal. “O objetivo desta reunião é, primeiramente, dar continuidade às reuniões com os secretários de Educação e técnicos e também trabalhar a Meta 15 do Plano de Educação e a primeira estratégia, a articulação entre as gestões públicas em trabalhar a demanda de formação com as potencialidades das universidades”, afirma Glaucia Bahia, da coordenação do Parfor na Seduc.
Na abertura do evento foi proferida a Conferência “O Parfor no Pará de 2009 a 2012”, ministrada pela professora Marlene Freitas, pró-reitora de Ensino de Graduação da UFPA, fazendo um panorama do Plano desde sua implantação. Estiveram presentes os representantes do Parfor nas IPES, entre eles, o coordenador do parfor UFPA, professor Márcio Nascimento. Durante a manhã, foi, ainda, apresentado o funcionamento da Plataforma Freire, sistema eletrônico criado pelo Ministério da Educação com a finalidade de realizar a gestão e acompanhamento do Parfor e uma avaliação da infraestrutura dos polos do Parfor.
Organização - A técnica da Capes em Brasília Paloma Siqueira, que veio para o encontro, ressaltou a importância da Plataforma Freire como ferramenta para os secretários que estão entrando agora. “No sistema da Plataforma Freire, o secretário tem a senha e é no sistema que eles informam a demanda para formação. É um sistema que ele pode fazer o acompanhamento do professor, saber em que instituição o professor está matriculado”, conta Paloma. Para a técnica, o Parfor do Pará é um dos mais organizados de todo Brasil. “Eu que já visitei vários fóruns, a impressão que eu tenho é que o Fórum Pará é extremamente organizado, os secretários de Educação dos municípios são ativos, buscam informar a demanda de formação dos professores. É um Estado bem organizado, bem estruturado em relação ao Parfor”, elogia Paloma.
Também foi discutido o planejamento para o desenvolvimento do Plano Estratégico de Formação Inicial e Continuada do Pará de 2013 a 2015. Os participantes foram divididos em grupos e convidados a debater estratégias de como trabalhar essa política em seus municípios. “Iniciou com Parfor e, agora, são outros programas, focados para atender todos os funcionários não só os professores. Tendemos a melhoria da qualidade, tenho que olhar em todos os setores da rede educacional para que a gente possa estar potencializado para a formação continuada”, explica Glaucia.
Os grupos de trabalho debateram os seguintes temas: Programa de formação (PAR, Parfor, PDE Interativo, entre outros); Estrutura dos polos (Termo de compromisso dos polos, cumprimento de acordos etc); Acesso e permanência (critérios de acesso ao Parfor, liberação de professores, auxílio formação) e discussão do Calendário unificado. No final do debate, foi construída uma Carta Compromisso do IX Encontro ao Fórum.
No dia 22, foi realizado o 36º Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente, com a participação do professor Licurgo Brito, representando o secretário de Estado de Educação. Na pauta do encontro, foi feita uma avaliação do Parfor sob a perspectiva do Gestor Público (Semed), o Plano Estratégico de Formação Inicial e Continuada, com apresentação da Carta Compromisso construída pelos grupos de trabalho e das diretrizes para a criação de novos polos.
Os novos secretários de Educação aprovam o Parfor. “O Parfor foi muito bem vindo para os professores que não tinham condições de sair da zona rural para vir pros municípios ou, às vezes, por questões financeiras, não tinham condições de pagar o ensino superior. Ele veio muito a contribuir com a educação em cada município”, afirma Moisiniel Oliveira, secretário de Nova Esperança do Piriá. “Eu acho fantástico! O Parfor é uma iniciativa acertada da universidade, do governo federal, como uma forma de subsidiar a formação inicial para os nossos professores”, ressalta Romulo Fernandes, secretário de Educação de Pacajá.