Comércio livre nas redes sociais
“Eu e uma colega estávamos conversando sobre o excesso de roupas e acessórios femininos e como poderíamos fazer para vender ou comprar peças mais baratas. Ela me disse que havia um grupo deste na internet em Joinville onde já havia participado e resolvemos montar aqui”, explica Canella, que é estudante de design gráfico.
Os compradores e vendedores podem anunciar roupas e acessórios femininos e masculinos. Conforme a administradora, os negociantes precisam seguir algumas regras para participarem do Cabide Novo. “O anúncio precisa ter as especificações, preço e foto do produto. É somente permitido comercializar artigos particulares e a publicidade de lojas e vendedores externos são excluídos”, conta a jovem, completando que os anúncios só aparecem na página após serem aprovados pelas administradoras, que já somam cinco.
Uma espécie de “guarda-roupa reciclável”
Rafaela Pirola, de 22 anos, é uma das integrantes do grupo, que já comprou e vendeu muita coisa via rede social. “Soube através de uma amiga e achei ótimo as condições de uso das roupas e os valores oferecidos. Já comprei e vendi muita coisa. É um grupo muito criativo, era o que faltava para a nossa região”, comenta Pirola. Segundo ela, a página é como um guarda-roupa reciclável. Os encontros para a entrega de mercadorias são agendados entre compradores e vendedores e se concentram mais na área central da cidade.
Todos os dias, Naiana Guerra, 25, acessa a página para ver as novidades que foram anunciadas ou oferecer algum produto. “Também estamos iniciando encontros para promover o comércio. As reuniões acontecem em um determinado local onde levamos os produtos. A qualidade da peça e o preço acessível, que fica entre R$ 20 e R$ 40, são os principais atrativos”, ressalta Guerra.
Trocas sem a intermediação de dinheiro
Dono de uma loja de informática, o empresário Charles Leopoldo Pizzoni também criou um grupo chamando Skanbo na rede social no mês de janeiro e já agrega 179 membros. “Escambo é a troca de um objeto por outro, sem a intermediação do dinheiro. A prática do escambo vem se revitalizando com a internet, através de sítios na web para troca on-line de mercadorias e serviços”, explica Pizzoni. Conforme ele, são inúmeras as vantagens de fazer negociações através destes grupos. “Não existe custo de frete, não há gasto com impostos e assim os produtos se tornam mais baratos. O negócio também é feito de forma muito mais rápida que a tradicional”, acrescenta Pizzoni.
Assim como o Cabide Novo, o Skanbo exige aos negociantes algumas regras. Os produtos que podem ser anunciados tanto novos como usados variam desde máquinas de costura até prancha de surfe. O conceito do empresário é criar, futuramente, um site no estilo do Mercado Livre, maior comunidade de venda e compra on-line da América Latina, integrado as redes sociais.
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