Com quatro mortes, o Brasil é o país mais perigoso das Américas e o
segundo com maior número de jornalistas mortos este ano no mundo,
perdendo apenas para o Iraque.
Com quatro mortes, num total de nove em todo o continente americano nos
últimos seis meses, o Brasil marcou-se como o país mais perigoso da
região para os jornalistas.
Os relatórios de 25 países, lidos e aprovados nesta segunda-feira, 7, no
encerramento da Reunião de Meio de Ano da Sociedade Interamericana de
Imprensa (SIP), em Barbados, no Caribe, apontam mais dois mortos no
México, outros dois em Honduras e um na Colômbia.
No encontro anterior, em Denver, nos EUA, o balanço foi de 14 mortes,
duas delas no Brasil. A próxima reunião será em outubro em Santiago do
Chile.
O texto final de Barbados fala em "violência galopante" e "claros
retrocessos" para a liberdade de informação na América Latina, além de
"um aumento no nível de autocensura" na Argentina, Peru, México e
Honduras.
Isso se deve aos maiores cuidados dos editores e repórteres ao divulgar
informações, confrontados com o risco de altas multas e processos.
Um dos destaques é a "angustiante situação" da Venezuela, onde o governo
vem dificultando a compra de papel e pelo menos 20 jornais estão
ameaçados de parar de circular dentro de dois meses.
A imprensa do país "vive seu momento mais dramático", com 105
jornalistas detidos desde outubro "e agressões e ameaças sem
precedentes".
Na última quinta-feira (3) um relatório divulgado por uma ONG de
proteção aos jornalistas em zonas de conflitos, agitação civil ou
missões perigosas, Campanha de Imprensa (PEC, na sigla em inglês),
colocou o Brasil em segundo lugar no ranking de países com maior número
de jornalistas mortos em 2014.
Ao todo, foram 27 jornalistas mortos em 13 países durante três meses.
O primeiro país da lista é o Iraque. No local, cinco jornalistas foram
mortos no exercício da profissão. O Brasil e o Paquistão dividem o
segundo lugar, com quatro mortos cada um.
O Afeganistão segue com três mortos, e a Síria e o México aparecem na lista com dois mortos para cada país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário