Com certa frequência o Japão, com sua rica cultura, serve de inspiração para a moda no Ocidente.
Na segunda metade do século XIX a Europa começa a receber influências nipônicas, inclusive na moda, com o empréstimo de desenhos, cores e motivos aplicadas especialmente na estamparia para tecidos.
Na segunda metade do século XIX a Europa começa a receber influências nipônicas, inclusive na moda, com o empréstimo de desenhos, cores e motivos aplicadas especialmente na estamparia para tecidos.
Madame Monet usando traje japonês, 1875 de Claude Monet
No início do século XX o costureiro francês Paul Poiret mistura
diversas referências orientais em suas criações, inclusive japoneses, e
as chama de “Orientalismo”.
No final dos anos 1960 os estilistas japoneses Kenzo e Hanae Mori se
estabelecem em Paris. Já a partir dos anos 1970 Kenzo propõe formas
amplas, sobreposição de peças, tricot artesanal, visual exótico,
colorido e muito inovador, sendo novidades para a moda européia.
Kenzo, Outono/Inverno 1996-1997
Outros estilistas japoneses vieram posteriormente a Kenzo, como foi o caso de Issey Miyake que propõe o resgate de técnicas artesanais em suas roupas chamadas de algo que poderíamos entender como “peças de pano” baseadas no shibori (amarramentos sobre tecidos) e no furoshiki (pedaços quadrados de tecidos para embrulhar objetos).
Na sequência chegam, nos anos 1980, Yohji Yamamoto e Rei Kawakubo (da
marca Comme des Garçons) propondo uma espécie de antimoda por intermédio
de formas assimétricas, roupas desfiadas e/ou rasgadas e também furadas
numa espécie de desconstrução da forma e a não valorização do corpo, em
roupas com predomínio de tons neutros (preto, branco, cinza e bege).
Eventualmente as inspirações na cultura japonesa reaparecem como é o
caso de algumas propostas nos últimos desfiles europeus para o verão
2013. Seja em estampas, ou seja, nas formas, alguns nomes da moda
ocidental resinificam a cultura japonesa na contemporaneidade.
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