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quinta-feira, 14 de março de 2013

Gelo de fogo, energia para o Japão!

País se torna primeiro a extrair hidrato de metano do fundo do mar


Chamas no navio de perfuração revelam o sucesso da experiência japonesa
Foto: HANDOUT / REUTERS
Chamas no navio de perfuração revelam o sucesso da experiência japonesa HANDOUT / REUTERS
O Japão anunciou ontem ter conseguido, pela primeira vez no mundo, extrair gás combustível de um depósito do fundo do mar de hidrato de metano — também chamado de “gelo inflamável”. Formado pela imensa pressão das profundezas e as baixas temperaturas do solo oceânico, o hidrato de metano era até há pouco tempo uma fonte de energia inalcançável. Porém, como aconteceu com o gás de xisto, novas tecnologias e o aumento da demanda por energia começam a tornar sua exploração economicamente viável.
Se acena com a possibilidade de grandes depósitos de combustível, o hidrato de metano é uma incógnita ambiental. Ninguém sabe ao certo o impacto que sua exploração teria nos ecossistemas marinhos. E se teme que, caso o metano escape para a atmosfera, essa nova energia dê ainda mais combustível para mudanças climáticas associadas ao aquecimento global. O metano é um gás do efeito estufa mais potente, embora menos comum, do que o dióxido de carbono.
O gás de hidrato do metano submarino pode ser uma alternativa para o petróleo e o gás natural. Caso as técnicas de exploração se comprovem eficientes, esse gás seria estratégico para o Japão, o maior importador mundial de gás natural liquefeito e envolvido num debate público sobre a forte dependência do país da energia nuclear.
Especialistas estimam que a quantidade de energia estocada nos depósitos de hidrato de metano em todo o mundo é, no mínimo, o dobro da de petróleo e gás. Isso poderia virar o jogo para países dependentes da importação de energia, em especial, o Japão. Pesquisadores já haviam extraído com sucesso gás de reservatórios de hidrato de metano em terra (existente no Círculo Ártico), mas não a partir do leito marinho, onde a maior parte dos depósitos está.
O hidrato de metano se forma quando o gás metano é preso no gelo abaixo do fundo do mar ou no subsolo. Embora pareça gelo, ele queima quando aquecido. O Japão, juntamente com o Canadá, já foi bem-sucedido na extração de metano preso em permafrost, formado por terra, rochas e gelo. Pesquisadores americanos fazem testes similares no Alasca.
Os japoneses investiram centenas de milhões de dólares, desde o início os anos 2000, para explorar as reservas de hidrato de metano do Mar do Japão e em águas internacionais no Pacífico. A ideia ganhou ainda mais força depois da crise atômica de Fukushima, há dois anos, que paralisou o programa de energia nuclear japonês e provocou o aumento das importações de combustíveis fósseis.
O ministério japonês da Economia, Comércio e Indústria disse que uma equipe a bordo do navio de perfuração experimental Chikyu começou a extração de gás de hidratos de metano de uma camada de cerca de 300 metros abaixo do leito do mar, na manhã de ontem. O navio está trabalhando na perfuração desde janeiro em uma área do Pacífico com cerca de mil metros de profundidade e a 80 quilômetros ao sul da Península Atsumi.
Com equipamentos especializados, a equipe despressurizou as reservas submarinas de hidrato de metano, causando a separação entre metano e água congelada. Horas mais tarde, uma labareda na popa do navio mostrou que estava sendo produzido gás.
— O Japão poderia, finalmente, ter uma fonte de energia para chamar de sua — disse Takami Kawamoto, um porta-voz da Empresa Nacional Japonesa de Óleo, Gás e Metais (Jogmec), estatal que conduz a extração experimental.
Desafio é reduzir custos
A equipe vai continuar o processo por cerca de duas semanas, antes de analisar a quantidade de gás produzida, informou a Jogmec. O Japão espera tornar a tecnologia de extração comercialmente viável em cinco anos.
— Esta é a primeira produção experimental de gás a partir de hidrato de metano, e eu espero que sejamos capazes de confirmar a produção estável de gás — disse Toshimitsu Motegi, ministro do Comércio japonês.
Ele reconheceu que a extração enfrenta obstáculos técnicos. Ainda assim, “o gás de xisto já foi tecnicamente considerado difícil de extrair, mas agora é produzido em grande escala”, lembrou.
A Jogmec estima que uma área explorada pelo submarino de prospecção Nankai contém pelo menos 1,1 trilhão de metros cúbicos de hidrato de metano, o suficiente para substituir por 11 anos as importações de gás do Japão. A estimativa aproximada do Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada colocou o total de hidrato de metano em águas japonesas em mais de 7 trilhões de metros cúbicos, ou o que os pesquisadores dizem que atenderia por 100 anos a necessidade de gás natural do Japão.
— Agora nós sabemos que a extração é possível — disse o geólogo marinho Mikio Satoh. — O próximo passo é ver a quanto o Japão pode baixar os custos para tornar a tecnologia economicamente viável.

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