Sem dúvidas uma das minhas comidas
preferidas. Ah… tá bom, tenho diversas comidas preferidas. Mas a
japonesa, diferente das outras, pois me conquistou aos poucos.
Na verdade fora um aprendizado, desde a
utilização dos hashis até a apreciação de fato dos sushis e sashimis,
com sua temperatura, textura e sabores.
Assim como a história do Japão transita
entre tempos de abertura e fechamento às influências estrangeiras, a sua
culinária, conhecida como nipônica, segue ora digerindo valores
externos ora criando suas marcas.
Muitos chefs de cozinha acreditam que a
culinária é uma porta para entender a cultura de um país. Pois bem, no
caso da japonesa que temos aqui no brasil não é necessário ser um
historiador para saber que além de muito diferente da atual gastronomia
vivida no Japão, essa porta que temos é bem diversificada e criativa.
Similar com muitos outros pratos de
ótimo paladar, a mistura de carboidratos e proteínas sempre viabiliza
receitas de sucesso e grande aceitação e não seria diferente com peixe e
arroz, principais ingredientes do sushi.
Com relação ao peixe, normalmente usam o salmão e o atum.
O salmão peixe da família Salmonidae,
que também inclui as trutas, possui carne rosada, muito saborosa. Tem
como característica voltar do mar à água doce para se reproduzir, e
curioso, sempre ao rio em que nasceu. Sua cor é devido a um pigmento
chamado astaxantina acumulados através de sua cadeia alimentar.
O atum, gênero Thunnus forma um dos
grupos de espécies de peixes mais importantes do ponto de vista
pesqueiro, dado seu alto valor econômico. São peixes que vivem nas
regiões tropicais e subtropicais de todos os oceanos. Sua carne de cor
bem avermelhada é característica de peixes migratórios, em razão do alto
teor de oxigenação necessário para percorrer enormes distâncias. Daí a
impossibilidade de se criar em cativeiro, e nesse momento meu lado
biólogo fala mais alto que meu lado gordo, e assim prefiro não consumir
esse tipo de peixe uma vez que encontra-se ameaçado de extinção.
O arroz é uma planta da família das
gramíneas que alimenta mais da metade da população humana do mundo,
também pudera, é parte do menu básico chinês, e isso da uma força para
tamanho consumo. Atualmente é considerada a terceira maior cultura de
cereal do mundo, ficando atrás apenas do milho e do trigo. Rico em
hidratos de carbono, por isso carboidrato.
Outro ingrediente básico que merece
destaque é a Nori, uma espécie de folha feita a partir de algas
marinhas, geralmente esverdeada ou avermelhada dependendo da espécie de
alga empregada em sua fabricação, se algas clorófitas – verdes, se algas
rodófitas – vermelhas. Riquíssimas em cálcio, ferro, vitamina A, B e C,
a nori ainda contém duas vezes mais proteína do que algumas carnes.
Com tudo isso colocado, não poderia
deixar de lado a característica saudável desse tipo de alimentação,
mesmo crua (normalmente), possui fácil digestão e baixa caloria, além do
alto teor de ômega 3 em razão dos peixes marinhos.
Por isso costumo ir a um bom restaurante japonês semanalmente, e ainda conhecer outros periodicamente.
O Sushi Garagem, localizado na avenida
Santa Inês 255 – Mandaqui – São Paulo é um ótimo lugar que comprova a
porta da mistura citada no início dessa matéria. Através de seus
Sushimen possuem uma grade diversidade de sushis com temperos que fazem a
diferença, desde o uso de limão, alho poró, cebolinha, até mesmo ovos e
sal marinho.
Como todo bom restaurante japonês, por
vezes é preciso um pouco de paciência (me lembrei da música de Lenine –
Paciência e do Atum – a vida é tão rara), pois o prato pode demorar um
pouco a chegar, dada sua complexidade, arte e frescor.
Mas nada como entrar no clima e aprendermos mais a ter a paciência dos orientais, não é mesmo?
Márcio Rafael Costa Cruz
(BioloGordo) = é licenciado e bacharelado em Ciências Biológicas pela
Universidade Mackenzie e iniciou pós graduação em Comunicação e Educação
na ECA-USP. Atualmente é Presidente do Aprenda.bio e Sócio na empresa
BlueFiveTecnologias Educacionais.
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